Tuesday 30 November 2010

Bolo de Atum com Tomate Seco e Gruyère


Muitas vezes invento desculpa para cozinhar... Adoro fazer novas receitas ou mesmo revisitar aquelas já batidas. O que me importa mesmo é estar na minha cozinha preparando algo. Claro que nem sempre acerto, mas estou sempre tentando!

Uma amiga me convidou para o seu clube de livros, e me perguntou se eu tinha alguma sugestão do que ela deveria cozinhar. Discutimos um pouco sobre o menu, e então decidi que a ajudaria na empreitada. Não sabia ainda o que faria, mas me lembrei de que tinha visto umas receitas bem bacanas de bolos salgados nas minhas vagadas pela internet, e resolvi que essa então seria  a minha contribuição para o evento!

Depois de várias visitas a diversos food blogs e websites, resolvi fazer uma mescla de algumas receitas que me pareceram interessantes e aliando com o que tinha em casa, e saiu então esse bolo de atum com tomate seco e queijo gruyère.

250g de farinha de trigo
1 colher se chá de fermento (7g sachet)
4 ovos
100ml azeite (usei uma parte do azeite do tomate seco)
100ml leite
100g tomate seco picado
1 lata de atum
200g gruyère ralado (também pode substituir por algum outro queijo que derreta bem)

Pré aqueça o forno a 180°C.

1. Misture a farinha e o fermento num bowl grande. Adicione o leite, azeite e ovos, e mexa até obter uma massa cremosa.
2. Adicione o atum, o queijo e o tomate seco, e misture bem.

3. Unte uma forma de pão de 900g (eu uso uma retangular alta).

4. Leve ao forno por cerca de 1 hora. Se ao longo dessa hora o bolo ainda não estiver cozido, mas já estiver bem douradinho, cubra com papel laminado para que não queime.
Para saber se ele está cozido, é só fazer o teste do palito: se espetar o bolo e ele sair limpo, é porque já está na hora de sair do forno.


Pode ser servido quente ou em temperatura ambiente.
Se preferir também pode fazer como muffins ou até mini muffins... É só mudar a forma!

O bolo ficou bem gostoso!
Foi aprovado por todas as chicas (é um clube de livros hispânico, com mulheres dos mais diversos países de língua espanhola... + eu, que sou a intrometida que habla portunhol!).

Thursday 18 November 2010

Hot Chocolate Fondant


Olha, essa foto é a prova de que milagres existem!!!
Quando li a receita e vi a foto no livro do Gordon Ramsay, Makes it Easy, não achei que fosse para o meu bico, mas como estava querendo dar uma impressionada nos meus pais, resolvi me arriscar! Sabia também que se desse errado, não seria tão grave porque os pais tendem a perdoar os filhos...

Ingredientes (para 2 fondants):

50g de manteiga sem sal (mais extra para untar os ramequins)
2 colheres de chá de cacau em pó
50g de chocolate meio amargo (usei 70%)
1 ovo
1 gema
60g açúcar refinado
50g de farinha de trigo

Pré-aqueça o forno a 160C.
Unte com manteiga dois ramequins, e salpique cacau em pó dentro deles.
Derreta em banho maria a manteiga e o chocolate, até que estejam bem incorporados .
Deixe esfriar por 10 minutos.
Com uma batedeira, bata o ovo, a gema e o açúcar até que forme um creme grosso e claro, em seguida incorpore ao chocolate derretido com manteiga.
Adicione a farinha, e incorpore gentilmente à mistura.
Divida a mistura entre os dois ramequins, e leve ao forno por 12 minutos.
Desenforme os fondants em pratos mornos, e estão pronto para ser servidos.

Só tenho uma palavra para descrever esses fondants: DIVINOS!!!!

Eu servi puros, mas também fica ótimo com sorvete de creme.

Monday 15 November 2010

Comidinhas de festa

 


No dia 27/outubro comemorei mais um aninho de vida. Como costumo dizer por aí, tem que ter alguma vantagem em ficar mais velha, e para mim não é a maturidade nem a experiência que acumulamos ao longo do tempo, e sim a ótima desculpa para reunir amigos para um bom papo regado a drinks e boa comida. E como não sou boba nem nada, foi isso mesmo que eu fiz! :)
No dia 28 fiz um balaco light aqui em casa para cerca de 12 pessoas. Preparei todas as comidinhas no próprio dia, mas a verdade é que os preparativos começaram bem antes...
Sou fanática por listas, então para mim o evento começa quando faço a primeira lista, que foi a de convidados. Essa não foi muito difícil, mas a seguinte me custou dias e dias: o menu. E claro, a última foi a extensa lista de compras com todos os ingredientes.
Depois de muita pesquisa, decidi que serviria apenas finger food, que é literalmente comida que se pode comer com as mãos. Nada muito complicado e formal... curto mais um esquema despojado, com a galera beliscando uma comidinha aqui outra ali entre um bate-papo e outro.
O cardápio foi esse:
  • Crostini: tapenade com queijo de cabra e pesto com tomate
  • Muffin de cheddar com bacon [ver receita aqui]
  • Alcachofra com presunto cru
  • Batatinhas com salmão e molho de mostarda e aneto
  • Rolinhos de beringela com queijo feta, chilli e hortelã
  • Cogumelos recheados com gorgonzola
  • Halloumi com molho de chilli
  • Camembert derretido com cebola caramelada
  • Azeitona recheada com anchova

Tudo isso regado a cervejinhas, cava espanhol e vinho tinto e branco...
  • Crostini

O crostini é uma espécie de bruschetta, mas feita com um outro tipo de pão, tipo ciabatta. O princípio é o mesmo: cortar o pão em fatias e grelhá-lo ou assá-lo. Pode-se passar um dente de alho nas fatias, depois um pouco de azeite e levá-las ao forno. Eu, não costumo usar o alho, pois acho que fica muito forte. Normalmente corto o pão em fatias de mais ou menos 1cm, molho com um pouco de azeite extra virgem e levo ao forno pré aquecio por uns 10 minutos, até que estejam crocantes, mas não tostadas. Depois passo o que der na telha por cima das fatias.

Dessa vez fiz de pesto de manjericão com tomate cereja picado. O pesto é aquele de sempre (receita aqui), e por cima coloquei um tomtes cereja picados. Piquei os tomates, salpiquei um pouco de sal, e coloquei numa peneira por uns 15 minutos para escorrer o excesso de água.
Espalhei um bocado do pesto por cima das fatias de pão, e depois coloquei um punhadinho de tomates picados por cima. Decorei com uma folhinha de manjericão.

O outro topping foi: tapenade com queijo de cabra. Para os que não conhecem, chegou a hora... a tapenade é uma pasta saborosíssima de origem francesa, mais precisamente da Provence.
A receita vem do livro The Essential Mediterranean Cookbook.

400g de azeitona preta grega (tipo Kalamata)
2 dentes de alho amassados
2 filés de anchova sem óleo
2 colheres de sopa de alcaparras escorridas
2 colheres de chá de tomilho fresco picado
2 colheres de chá de mostarda Dijon
1 colher de sopa de suco de limão siciliano
60ml de azite extra-virgem

Processe todos os ingredientes até adquirir uma consitência cremosa. Ao fim adicione um pouco de pimenta do reino preta moída na hora.
Conserve num pote de vidro esterelizado, e conserve na geladeira.

O meu dura uma vida na geladeira... Na verdade, nunca durou mais do que 1 mês, pois sempre acabamos com ela antes!!! Sempre tenho homemade tapenade na geladeira. É um super quebra-galho, fácil de fazer e uma delícia de comer!
Essa receita é um sucesso!!! Não tem uma só pessoa que tenha provado e não tenha elogiado!
  • Batatinhas om salmão com molho de mostarda e aneto

300g de salmão defumado 20 batatinhas (pequeninas, tipo calabresa)
150ml sour cream
1 colher de sopa de açúcar
Azeite
2 colheres de sopa de vinagre de vinho branco
Aneto

Cozinhar as batatas inteiras e com casca em água salgada (eu sempre coloco um pouco de caldo de legumes) por uns 15 minutos ou até que as batatas estejam cozidas, porém ainda firmes.
Enquanto isso, cortar as fatias de salmão defumado em dois, formando duas tiras.
Misture o restante dos ingredientes num bowl, até formar um creme homogêneo.
Escorra as batatas, e reserve até que esfrie. Corte as batatas ao meio longitudinalmente.


Enrole cada fatia no meio da batata e disponha num prato, e sirva acompanhado do molho.
  • Beringela recheada com queijo feta, chilli e hortelã
Essa receita eu peguei do livro da Nigella Lawson, Forever Summer.

2 beringelas grandes, fatiadas finamente no sentido vertical
4 colheres de sopa de azeite
250g queijo feta esmigalhado
1 chilli vermelho grande, sem sementes e bem picados
1 maço de hortelã
Suco de 1 limão siciliano
Pimenta do reino preta

Aqueça um frigideira em fogo médio. Pincele azeite em ambos os lados das fatias de beringela, e grelhe por dois minutos em cada lado até que estejam macias.
Enquanto isso, num bowl, misture o restante dos ingredientes. Não e necessário adicionar sal porque o feta já é bem salgadinho.
Coloque um pouco da mistura na ponta da fatia da beringela, e vá enrolando até fechar o rolinho. 

Ficou uma delícia! Dá para ver que não é difícil, só um pouco demorado... mas vale a pena!


  • Cogumelos recheados com gorgonzola
600g de cogumelos (usei uns que aqui se chamam button, aqueles bem redondinhos e firmes)
150g de ricota
100g de gorgonzola
50g de mascarpone
Farinha de rosca
Parmesão

Lavar bem os cogumelos um a um e secar com papel toalha ou um pano de prato limpo.
Remover o caule.
Num bowl, misturar o mascarpone, ricota e gorgonzola, batendo com o fouet até que formar uma pasta cremosa e lisa.
Rechear cada cogumelo um pouco da mistura, salpicar um pouco de farinha de rosca e parmesão por cima.
Levar ao forno pré-aquecido a 200C por 25 minutos ou até que os cogumelos estejam macios e o recheio crocante e dourado.

Não tenho fotos dos cogumelos... No momento em que o Fábio fez os registros, eles ainda não estavam  prontos. :(
  • Halloumi com molho de chilli
Essa receitinha facílima também encontrei no livro Forever Summer, da Nigella Lawson.

500g de halloumi, cortados em quadrados médios
2 chillis vermelhos médios, sem sementes e bem picados
2 colheres de azeite
Suco de 1/2 limão siciliano

Misture o azeite com o chilli picado, e deixe marinar.
Aqueça em fogo médio/alto uma frigideira anti-aderente. (Não e preciso adicionar qualquer tipo de óleo, pois o halloumi é "auto-fritante", ou seja frita na sua própria gordura.) =]
Grelhe os pedaços de queijo até que os dois lados fiquem dourados.
Despeje o molho de chilli por cima do halloumi grelhado, e finalize com o suco de limão.
Sirva imediatamente!

Também não tenho foto do halloumi, pois fiz na hora que os convidados já estavam aqui, para que comessem quente... Todos adoraram, principalmente os que estavam com saudades do nosso queijo de coalho, que é bem parecido, quase um primo!
  • Camembert derretido com cebola caramelada
Já faço essa geléia de cebola roxa há algum tempo, e ela sempre voa da geladeira... é tipo um hit aqui em casa! Todos que provam amam, e o Fábio sempre que vê na geladeira abre o pote para dar uma conferida!
Vai bem com qualquer tipo de queijo ou acompanhando um hamburguer ou steak... enfim, é pau para toda obra, mas confesso que aqui em casa ela é mais usada para acompanhar queijinhos.

500g de cebola roxa, fatiada finamente
50ml de azeite
1 folha de louro
100gr açúcar mascavo

75ml vinagre balsâmico
50ml vinagre de vinho tinto


Refogar no azeite a cebola fatiada em fogo baixo, até que estejam bem tenras. esse processo leva uns 20 minutos. Em seguida, adicionar o açúcar e os vinagres e a folha de louro. Cozinhar em fogo médio até que estejam bem caramelizadas (de 30 a 40 minutos).
Se ainda houver muito líquido depois desse tempo, aumente um pouco o fogo e vá mexendo bem para que ele evapore. Retire o louro.
Guarde em um pote de vidro devidamente esterelizado.
 
O ideal é conservar a geléia por um mês antes de consumir para que ela intensifique o sabor, mas isso nunca acontece aqui nesta casa...



Bom, deu para ver que tive um dia trabalhoso, né?!
Valeu muito a pena! Vi caras satisfeitas ao comer minha comidinha, e ouvi vários elogios!
A verdade é que eu não vejo a hora de preparar a próxima festa... =]

Thursday 11 November 2010

Comendo às escuras em Zurique... Blinde Kuh

Para o meu jantar de aniversário eu e o Fábio fomos a um restaurante em Zurique onde se come no escuro! Sim, isso mesmo: no escuro!!!! Juro que não dá para ver um palmo a frente!!! Foi uma loucura!!!
Já havia lido sobre esse estilo de restaurante, que surgiu aqui na Suiça e foi criado por um homem cego, mas ainda não tinha tido a chance de ir. Li num artigo que as pessoas acabavam pegando a comida com a mão porque assim teriam a sensação de sabber melhor o que estava comendo. Claro que eu achei isso uma tremenda balela, e tinha certeza de que nunca faria isso, ainda mais porque tenho um nervoso de comer com as mãos e tê-las sujas. Cá entre nós, frescura total! Mas o pior é que foi isso mesmo que rolou!!! Quando me dei conta, estava colocando a mão no prato sem a menor cerimônia!!!!

Fiz a reserva no restaurante com bastante tempo de antecedência. Não queria ter a chance de ouvir que o restaurante já estava lotado. Tinha colocado na cabeça que jantaria lá no dia 27/outubro, e não havia restaurante com estrela michelin que fosse me fazer mudar de idéia!
Fiquei até uns dias antes do meu aniversário só pensando no dia em que eu provaria dessa louca experiência, até que na véspera me dei conta de que tenho medo de escuro, e de que teria que ficar no escuro por algumas horas! Rolou um certo pânico, eu confesso... mas no fim eu relaxei e me enchi de coragem porque achei que tinha que vencer o meu medo e não me privar das coisas que quero.
 
Chegamos no restaurante e logo na entrada há uma recepção onde tem o cardápio (enxutíssimo) projetado na parede. São duas opções de entrada, duas de prato principal e mais duas ou três de sobremesa. Você tem que escolher o que vai querer naquele momento e memorizar, pois vai ter que dizer ao garçom, que é parcial ou totalmente cego, no momento em que se sentar a mesa. (Não rola de ler no escuro, né?! =])
Eu escolhi uma salada de funcho com figo e parmesão de entrada; bife cozido lentamente com legumes e purê de batata de prato principal; e uma torta de chocolate trufado para a sobremesa.
Decorou as escolhas?
Sim!
Então é hora do seu garçom, no nosso caso garçonete - Elizabeth, totalmente cega - vir nos buscar para levar-nos à nossa mesa.
Fomos andando em fila indiana e segurando nos ombros da pessoa a frente. O Fabio seguiu a Elizabeth, e eu quase massacrei os ombros do Fabio de tanto que apertava com o medo e angústia de ir entrando no restaurante totalmente escuro. Chegamos à mesa e ela colocou a cada um de nós em frente a cadeira, e daí por diante você se vira!
A minha primeira reação foi de choque... demorei muito a me acostumar a estar totalmente no escuro. E o pior é que não entendia como as pessoas sentadas nas mesas ao lado poderiam estar descontraidamente rindo e conversando. Como assim eles podem estar contando uma piada ou dividindo o feito do dia????
Para mim isso pareceu surreal!
Depois comecei a pensar em como eu comeria a carne, como conseguiria cortá-la... Porque cargas d'água eu tinha resolvido pedir uma carne ao invés do peixe, que era a outra opcão???
Fiquei me consumindo com essa questão até chegar o prato principal.
Depois de sentármos  à mesa ela nos perguntou o que beberíamos; eu uma taca de vinho tinto e o Fábio uma cerveja. Logo depois chegou a comida (impressionante a rapidez). Acho que como eles só tem poucas opções no menu, dá para fazer as coisas com uma certa escala.

A saladinha estava ok. O mais louco foi sentir que eu estava comendo com um neandertal!!! Ao fim já estava passando a mão no prato para saber se tinha algo ainda lá ou se de alguma maneira eu tinha conseguido comer tudo. É difílcil mesmo saber o que está se comendo, se está pegando a quantidade certa para levar a boca ou uma migalhinha ou uma super garfada.
Depois chegou a carne... e para o meu alívio estava super macia, então cortá-la não era mais um problema, a não ser pela surpresa do tamanho do pedaço que eu tinha conseguido cortar. Umas vezes vinham uns micro pedacos, no estilo baby, e outras enormes!
Ao fim, consegui comer quase tudo. Mas não saí invicta, já que metade do prato foi misteriosamente parar no meu colo... Parece fácil mas é difícil equilibrar a comida no garfo. Eventualmente grande parte da minha foi parar na minha roupa!
A essa altura, eu e o Fábio também estávamos falando de amenidades, e até dando risadas. Ao fim, percebi que depois de um tempo já tínhamos relaxado e nos acostumado a ficar no escuro.
Na hora do sobremesa eu já estava espertinha, e comi sem grandes acidentes. Claro que sempre colocando o dedinho no prato para checar o status da torta!
Depois disso chamamos a Elizabeth, e avisamos que já estávamos prontos para ir embora. Ela então, nos acompanhou até a saída, e como na entrada fomos em fila indiana, e sendo expostos a luz gradativamente. Pagamos a conta na mesma recepção onde estava o cardápio e delá rumo a casa com uma sensação super bacana e louca ao mesmo tempo. 
Enfim, só posso dizer que o jantar de comemoração dos meus XX aninhos foi inesquecível!

Não recomendaria pela comida, que é bem regular, mas sim pela louca experiência.

Para os que quiserem se aventurar...
Blinde Kuh
Mühlebachstrasse 148
CH-8008 Zürich
Telefon 044 421 50 50

Monday 8 November 2010

Massa com tomate e queijo feta


Essa é mais uma daquelas receitas pá pum, que ficam prontas em meia hora!
Adoro esse tipo de receita, principalmente para os meus almoços de durante a semana, quando estou sozinha em casa e sem aquela inspiração para cozinhar. Aliás, a verdade é que nunca me animo muito em coznhar algo legal só para mim. Acho meio chato cozinhar para um só, apesar de fazer isso diariamente.

Cozinhei 90g de massa integral em água fervente.
Enquanto isso, piquei finamente uma enchalota (pode ser também 1/2 cebola) e 1 dente de alho. Refoguei no azeite por alguns minutos, até que ficassem amolecidos e adicionei dois tomates grandes picados grosseiramente. Temperei com sal e pimenta do reino.
Quando os tomates já estavam macios e soltando água, juntei um pouco de queijo feta - tipo 30g - e misturei bem.
Despejei o molho por cima da massa, adicionei mais um pouco de feta e salpiquei umas folhas frescas de manjericão.

Uma outra opção é substituir o queijo feta por 1 colher de sopa de ricota, mas tem que ser da cremosa! Também fica maravilhoso, e ainda um pouco mais light! =]

Sunday 7 November 2010

Risotto alla Milanese


Esse nada mais é do que o bom e velho risoto com açafrão, a especiaria mais cara do mundo!
Claro que já tinha feito outras vezes risoto de açafrão, mas nunca o de verdade verdadeiro! Dessa vez resolvi fazer uma indulgência e usar o estigma, como é chamado.
Ai, ai... q cor! Alegra os olhos de qualquer um (e a barriga também).

Ingredientes (para dois famintos):

150g de arroz arbório (se for comer como prato principal, então pode colocar um pouco mais)
1 colher de sopa de azeite
1 enchalota picada
20ml de vinho branco
1 colher de chá rasa de estigmas de açafrão
1lt de caldo de legumes (sou sem vergonha e uso o industrializado mesmo)
1/2 colher de sopa de manteiga
Parmesão
Sal e pimenta

O cozimento é exatamente o mesmo de todos os outros risotos...
Refogue a enchalota no azeite sem deixar que ela doure. Quando ela estiver translúcida, adicione o açafrão e mexa por 1 minuto. Em seguida junte o arroz e mexa por uns 3 minutos até que o arroz comece a ficar mais transparente.
Despeje o vinho branco, e com uma colher vá mexendo até que a maior parte do líquido tenha evaporado. Antes que o arroz fique seca, adicione uma concha de caldo de legumes, e siga mexendo até ter líquido pouco líquido na panela. Continue esse processo até que o arroz esteja devidamente cozido. O importante é que o caldo deve ser adicionado aos poucos e nunca deixar o arroz secar completamente.
Cada pessoa tem o seu ponto de cozimento predileto... eu prefiro ele um pouco mais al dente. O importante é que os grãos fiquem firmes e não molengos.
Retire do fogo, adicione a manteiga, o parmesão e mexa bem. Deixe descansar por 1 minutinho ou 2, e está pronto para servir!

Eu dei uma bobeada e coloquei um pouco mais de sal do que devia. :( Ainda assim ficou ótimo!

Servi com carneiro grelhado e porco assado.
Auto lá, não vão pensando que eu fiz uma mistureba de carnes com o meu risotto alla milanese! Como essa é uma casa democrática, cada um comeu a carne que quis... eu, um belo filé de carneiro com tomilho, e o Fábio um filé de porco assado com molho de limão, mel e sálvia.



Uma delícia sempre! E como todos os risotos, super simples e rápido de fazer! Perfeito para aqueles dias em que se quer o mínimo de conato possível com a cozinha.

Thursday 4 November 2010

Creme de abóbora com camarão



Uma das poucas coisas que me alegra na chegada do inverno é a profusão de abóboras de todas as qualidades, tamanhos, formatos e cores por todos os lados! É lindo demais!!!
Me lembro que quando era mais nova eu não era muito fã de abóboras. Nunca comia, não fazia mesmo parte do meu cardápio. Também não sei dizer quando foi que isso mudou, e as abóboras começaram a fazer parte da minha vida!
Uma das combinações mais clássicas é com camarão, que vem a ser uma das minhas comidas prediletas!

1 butternut squash (abóbora que no Brasil é chamada de cucurbita moschata - nomezinho feio, né?!)
2 enchalotas ou 1 cebola média
500ml de caldo de legumes
150g de camarão descascado e limpo
100g mascarpone
Parmesão ou farinha de rosca
2 tomates sem casca e sem sementes
Coentro
Sal e pimenta

Refogue uma enchalota picadinha em um pouco de azeite. Quando ela estiver amolecida, adicionar a abóbora em cubos e mexer por alguns minutos. Adicione o caldo de legumes e deixe cozinhar até que a abóbora esteja bem cozida.
Enquanto isso, numa frigideira, sue uma enchalota finamente picada em um pouco de azeite; junte o camarão e mexa até que ele esteja rosado. Adicione os tomates picado, sal e pimenta e mexa ate que esteja tudo bem incorporado. Junte o coentro e reserve.
Com um mixer bata o legume, e adicione o caldo do cozimento até o purê atingir a consistência que você desejar. Eu, particularmente, gosto dele molinho. Se quiser um purê mais cremoso, adicione um pouco de creme de leite fresco (eu deixei esse item de fora).
Eu resolvi montar o meu creme na própria casca da abóbora, o que me deu um certo trabalho para retirar o interior dela sem detonar nadica da casca. Talvez uma pessoa mais jeitosinha não vá ter tanto trabalho ou alguém mais prático prefira usar ramequins... Enfim, essa é relamente uma escolha pessoal.
Forre a casca ou o ramequim com o creme da abóbora, e por cima cubra com o molho de camarão. Acrescente o mascarpone por cima e cubra com um pouco de parmesão ou farinha de rosca ou os dois (eu usei só a farinha de rosca), e leve ao forno para gratinar.

Perfeito se acompanhado de uma salada verde!

Tuesday 2 November 2010

Una Noche Española en Suiza...

Eu me amarro de montão em comida espanhola! Sei que a afirmação parece meio vaga, pois a culinária espanhola é muito vasta e cada região tem as suas especialidades, e uma melhor que a outra, mas fazer o quê se gostei de tudo que provei até agora! Dentre as minhas preferidas estão as TAPAS!
O que é sentar com uma cervejinha gelada na mão e uma tapa na outra?! É um prazer inenarrável,  não fosse um prazer tão simples e fácil de apreciar. Claro que sentar num bar na Espanha e se deleitar com as tapas variadas é o ideal, mas não se pode ter tudo. E numa noite dessas resolvi trazer um pouco da Espanha para a Suiça!
Tinha um belíssimo chorizo ibérico, que havíamos trazido de Barcelona (um dos mais deliciosos que já provei), e também jamón ibérico, esse comprado aqui mesmo. Para acompanhar nada mais perfeito do que o delicioso e simplérrimo pan con tomate e uma tortilla de patatas. Precisa de mais????

Tortillas de Patatas

500g de batata
1 cebola grande (opcional)
4 ovos
3 colheres de sopa de azeite
Sal e pimenta

Numa frigideira grande aqueça o azeite, e frite as batatas mexendo sempre, até que fiquem corcantes por fora. Se for usar as cebolas, então acrescente na frigideira das batatas quando elas estiverem já começando a cozinhar. Reserve as batatas com as cebolas (se usando).
Num bowl bata os ovos com um pouco de sal e pimenta. Adicione as batatas e mexa bem.
Passe um papel toalha na frigideira usada para cozinhar as batatas para secar o azeite e retirar o excesso. Despeje a mistura de ovos com as batatas na frigideira já quente, e com um pouco de azeite. Frite por uns 8 minutos em fogo médio, e depois vire a tortilla com a ajuda de um prato, para fritar do outro lado.

Pan con Tomate
Corte um pão, estilo ciabatta ao meio e depois em pequenos pedaços. Leve ao forno para torrar um pouco. Ele só precisa ficar crocante, não deve dourar.
Corte o tomate ao meio e esfregue na superfície crocante do pão até que ele esteja todo coberto com o seu suco. Em seguida coloque um fio de azeite e um pouco de sal por cima. Pode-se também esfregar um dente de alho pão antes do tomate.
Uma coisa tão simples assim fica perfeita para acompanhar a tortilla, e ainda melhor com um jamón e chorizo.