Atire a primeira pedra quem nunca se acabou de tanto comer essa salada tão popular na nossa terrinha! Não conheço uma só pessoa que não goste desse prato tão simples, fora de moda, e vamos falar a verdade: brega, bem brega mesmo!!!!!
Esse é o tipo de prato que só podemos comer em casa, normalmente escondidos e nunca, repito, nunca fazemos num jantar ou para oferecer a algum convidado. Ou então num almoço no Gula Gula (restaurante no Rio), mas aí sem culpa nenhuma, pois lá o salpicão se disfarça e ganha o nome de salada de batata frita e preço de filé mignon! Bom, mas isso pouco importa agora porque nesse momento estou me despindo de toda a minha vaidade e assumo que eu sim gosto e gosto muito de um belo e bom salpicão, e sempre que tenho a chance de ir ao Gula Gula caio de boca no salpicão, ops, na salada de batata frita de lá, que é um luxo só! Em compensação já não tenho o costume de fazer em casa... Primeiro porque é uma sem vergonhice chamar isso de salada, pois deve engordar mais que lasanha e eu vivo em constante dieta (ela é constante porque os quilos extras não me deixam!); segundo porque não encontro batata palha por aqui e não há Cristo que vá me colocar na cozinha para fritar a minha própria; e terceiro por falta de hábito pura e simples. Nunca foi um prato que tivesse na casa da minha mãe, não fez parte da minha infância e nunca esteve muito presente na minha dieta alimentar. Aliás, acho que a minha mãe pode ser o único espécime que não curte um salpicão...
Mesmo com todos esses contras, um certo dia sei lá porque motivo resolvi fazer salpicão. Talvez porque fosse verão e estávamos precisando de algo refrescante, mas ao mesmo tempo um pouco mais consistente do que as saladas de folhas ou talvez por pura saudade de casa. Vai saber...
Ingredientes para 2:
- 1 cenoura média
- 1 peito de frango sem pele
- 1 cubo de caldo de legumes (opcional)
- 2 colheres de sopa de iogurte grego ou natural ou coalhada ou maionese
- 150g ervilhas congeladas
- 170g milho em lata
- 50g cranberry desidratado (ou as tradicionais passas)
- 1 talo de alho poró
- 1 colher de chá de azeite
- Sal e Pimenta
1. Cozinhar o frango em água salgada. Eu costumo acrsescentar um cubo de caldo de legumes.
Após esfriar, desfiar e reservar.
2. Descascar e ralar a cenoura no ralo grosso.
Reservar.
3. Descongelar as ervilhas. Eu abro a torneira de água quente da cozinho e deixo correr por cima das ervilhas por uns 2 minutinhos.
4. Fatiar em rodelas finas o alho poró.
Aquecer o azeite num frigideira, e fritar o alho poró até que ele fique dourado e crocante.
5. Misturar todos os ingredientes (exceto o alho poró) num bowl e adicionar o iogurte (eu usei 1 colher de sopa de coalhada e outra colher de maionese light). Misture até incorporar os ingredientes.
6. Corrigir o sal e adicionar pimenta moída na hora. Se não tiver vai a pimenta do reino velha de guerra mesmo.
7. Servir a salada em dois bowls e salpicar o alho poró frito por cima.
A salada ficou mais leve e ainda levou um ligeiro tchan com a adição do cranberry (sei que é difícil achar aí no Brasil) e do alho poró frito.
É sempre bom voltar às origens e comer aquela comidinha que faz parte da nossa vida mesmo sendo jeca, jeca, jeca!!!!